Quando Deus expulsou Adão e Eva do Jardim do Éden já havia dado ao homem domínio sobre as criações divinas. Lemos:
"E Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento.
E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi." (Gênesis 1:28-30)
Além disso, as escrituras da restauração nos ensinam que Adão e Eva, quando iniciaram sua família, instituem a organização familiar como primeiro sistema de governo:
"E aconteceu que, depois que eu, o Senhor Deus, os expulsei, Adão começou a lavrar a terra e a exercer domínio sobre as bestas do campo e a comer o pão com o suor de sua fronte, como eu, o Senhor, lhe ordenara: E Eva, sua mulher, também trabalhava com ele.
E Adão conheceu a sua mulher e ela concebeu filhos e filhas; e eles começaram a multiplicar-se e a encher a Terra.
E a partir de então, os filhos e filhas de Adão começaram a dividir-se de dois em dois na terra e a lavrar a terra e a cuidar dos rebanhos; e eles também geraram filhos e filhas." (Moisés 5:1-3)
Com o crescimento da população, as famílias começaram a se espalhar, para obter recursos da terra, e evitar conflitos. Vemos que essa divisão natural, quando as populações começam a crescer se repetiu no caso de Abraão e Ló, muitos séculos depois (Gênesis 13:5-12)
O governo de Adão era patriarcal. Adão dependia das revelações recebidas do divino. Lemos que ele, e sua esposa, como parceiros iguais, recebiam ambos revelação (Moisés 5:4). Anjos instruíram Adão e ele recebeu o Espírito Santo (Moisés 5:6, 9). Adão e Eva ensinaram seus filhos sobre os mandamentos de Deus:
"E Adão e Eva bendisseram o nome de Deus; e deram a conhecer todas as coisas a seus filhos e suas filhas." (Moisés 5:12)
Assim, os princípios e regras que guiavam o comportamento entre as famílias eram de origem teocrática.
Embora os relatos sobre nosso primeiros pais sejam curtos, podemos supor que não havia uma positivação normativa extensa. As pessoas aparentemente eram guiadas pelos princípios do evangelho conforme revelado ao profeta Adão. Entretanto, alguns filhos de Adão e Eva começaram a desobedecer seus pais. Lemos, por exemplo, sobre a rebeldia de Caim, que disse:
"Quem é o Senhor, para que eu deva conhecê-lo?" (Moisés 5:16)
Ele passou amar mais a Satanás que a Deus (Moisés 5:18). Ele ofereceu um sacrifício contrário a ordem revelada - e não foi aceito por Deus (Moisés 5:18-23). Ele atraiu outros após si e casou-se (Moisés 5:27-28). Ele introduziu as combinações secretas, se tornando o Mestre Maã, o senhor do grande segredo, para matar e obter lucro (Moisés 5:29-31). Essas combinações visam "destruir a liberdade de todas as terras" (Éter 8:25)
Adão e Eva lamentaram profundamente as ações de seus filhos rebeldes (Moisés 5:27). Caim chegou a assassinar seu irmão Abel e foi amaldiçoado por isso. Ele passou a habitar numa terra distante daqueles que não haviam se rebelado (Moisés 5:32-41)
O tetraneto de Caim, Lameque, era polígamo. Essa também é uma mudança importante, ainda que sutil. No começo, os filhos de Adão e Eva se dividiam de dois em dois - homem e mulher. Agora, seja por autorização divina ou não - alguns tomam para si mais de uma mulher. Seu destaque no texto, contudo, não é pelo poligamia, mas por ter se tornado o assassino de dois homens, incluindo um jovem. Ele se tornou o novo Mestre Maã - senhor das combinações secretas - que visam lutar contra Deus e seus mandamentos - e por extensão, contra o governo dos homens instituído por Deus. O bisavô de Lameque, Irade, descobriu o segredo e começou a denunciá-lo. Lameque o matou. As mulheres de Lameque se uniram às "filhas dos homens" e rebelaram-se contra o marido, e não tiveram compaixão do iníquo. Esse talvez seja o primeiro caso de divórcio nas escrituras - justificado devido a iniquidade do esposo (Moisés 5:44-50). E apesar de Lameque se esconder, as obras das trevas continuaram a se propagar (Moisés 5:53-55).
Para restabelecer a ordem e o cumprimento dos mandamentos, o evangelho começou a ser pregado.
"E assim o Evangelho começou a ser pregado desde o princípio, sendo anunciado por santos anjos, enviados da presença de Deus, e por sua própria voz e pelo dom do Espírito Santo.
E assim foram confirmadas todas as coisas a Adão por uma santa ordenança e pregado o Evangelho e enviado um decreto que deveria ficar no mundo até o seu fim" (Moisés 5:58-59)
Esse decreto "que deveria ficar no mundo até seu fim" sem dúvida se refere aos mandamentos referentes a retidão. O primeiro governo - o governo patriarcal e familiar impõe: hierarquia, respeito ao divino, mescla entre temporal ou material com espiritual, estabelecimento de mais regras a partir do surgimento de acidentes, desvios de conduta em face aos princípios do evangelho, etc. Esse padrão de governo, infelizmente não perdurou pela maior parte da história humana.
No final de sua longa vida mortal, Adão reuniu todos os portadores do sacerdócio e todos os justos. Adão tinha o sacerdócio divino - que é o poder dado por Deus para dirigir e presidir, para abençoar e salvar. Nessa grande reunião o Criador do mundo, Jeová, apareceu e reconheceu a autoridade de Adão sobre sua posteridade. Eis o relato:
“Três anos antes de sua morte, Adão chamou Sete, Enos, Cainã, Maalalel, Jarede, Enoque e Matusalém, todos sumos sacerdotes, e também o restante de sua posteridade que era justa, ao vale de Adão-ondi-Amã; e lá lhes conferiu sua última bênção.
E o Senhor apareceu a eles; e ergueram-se e abençoaram Adão e chamaram-no Miguel, o príncipe, o arcanjo.
E o Senhor confortou Adão e disse-lhe: Coloquei-te à cabeça; uma multidão de nações procederá de ti e deles serás por príncipe eternamente.
E Adão levantou-se no meio da congregação; e embora curvado pela idade, estando cheio do Espírito Santo, predisse tudo que sucederia a sua posteridade, até a última geração.
Todas estas coisas foram escritas no livro de Enoque e delas se testificará no devido tempo.” (D&C 107:53-57)
Assim, o primeiro governante desta terra foi colocado por Deus “à cabeça” e como “príncipe” eterno da raça humana. Ele é o Ancião de Dias, o pai dos pais. Seu governo na Terra, embora pouco detalhado nas escrituras, foi justo.
"E assim o Evangelho começou a ser pregado desde o princípio, sendo anunciado por santos anjos, enviados da presença de Deus, e por sua própria voz e pelo dom do Espírito Santo.
E assim foram confirmadas todas as coisas a Adão por uma santa ordenança e pregado o Evangelho e enviado um decreto que deveria ficar no mundo até o seu fim" (Moisés 5:58-59)
Esse decreto "que deveria ficar no mundo até seu fim" sem dúvida se refere aos mandamentos referentes a retidão. O primeiro governo - o governo patriarcal e familiar impõe: hierarquia, respeito ao divino, mescla entre temporal ou material com espiritual, estabelecimento de mais regras a partir do surgimento de acidentes, desvios de conduta em face aos princípios do evangelho, etc. Esse padrão de governo, infelizmente não perdurou pela maior parte da história humana.
No final de sua longa vida mortal, Adão reuniu todos os portadores do sacerdócio e todos os justos. Adão tinha o sacerdócio divino - que é o poder dado por Deus para dirigir e presidir, para abençoar e salvar. Nessa grande reunião o Criador do mundo, Jeová, apareceu e reconheceu a autoridade de Adão sobre sua posteridade. Eis o relato:
“Três anos antes de sua morte, Adão chamou Sete, Enos, Cainã, Maalalel, Jarede, Enoque e Matusalém, todos sumos sacerdotes, e também o restante de sua posteridade que era justa, ao vale de Adão-ondi-Amã; e lá lhes conferiu sua última bênção.
E o Senhor apareceu a eles; e ergueram-se e abençoaram Adão e chamaram-no Miguel, o príncipe, o arcanjo.
E o Senhor confortou Adão e disse-lhe: Coloquei-te à cabeça; uma multidão de nações procederá de ti e deles serás por príncipe eternamente.
E Adão levantou-se no meio da congregação; e embora curvado pela idade, estando cheio do Espírito Santo, predisse tudo que sucederia a sua posteridade, até a última geração.
Todas estas coisas foram escritas no livro de Enoque e delas se testificará no devido tempo.” (D&C 107:53-57)
Assim, o primeiro governante desta terra foi colocado por Deus “à cabeça” e como “príncipe” eterno da raça humana. Ele é o Ancião de Dias, o pai dos pais. Seu governo na Terra, embora pouco detalhado nas escrituras, foi justo.
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